O Horizonte 2020 é um programa financeiro que reflete as prioridades da estratégia Europa 2020. Com um orçamento de cerca de 80 mil milhões de euros, este programa decorrerá entre 2014 e 2020 e tem como foco o apoio à investigação, inovação, criação de emprego e dessa forma o crescimento económico da Europa. Trata-se de um único programa que reunirá três iniciativas que até aqui assumiam caráter autónomo: o Programa-Quadro para a Competitividade e Inovação (CIP); o Sétimo Programa-Quadro (FP7) e o Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (EIT).
Algumas das caraterísticas e novidades do programa são:
- Programa com uma estrutura mais simples, tornando mais fácil a identificação de oportunidades de financiamento.
- Um único ponto de acesso para os participantes.
- Um único conjunto de regras de participação aplicáveis a todas as componentes do H2020.
- Critérios de avaliação mais simples (Excelência – Impacto – Implementação)
- Redução do Time-to-Grant (em 100 dias).
- Aceitação generalizada dos custos médios com pessoal (através de certificação).
- Custos diretos (100% para I&D, 70% para ações próximas de mercado), taxa fixa para os custos indiretos (25%).
- Não há timesheets para o pessoal que trabalha em tempo integral num único projeto.
- O IVA será considerado elegível para as instituições que não o conseguem recuperar.
Este programa acopla a inovação à investigação e será focalizado em desafios societais pretendendo a simplificação no acesso ao mesmo. Assentará em três pilares:
- European Research Council (Conselho Europeu de Investigação), aberto a todos os temas, investigadores jovens promissores (Starters, Consolidators) e estabelecidos (Advanced Grants);
- FET, Future and Emerging Technologies, ideias novas, radicais e com risco elevado para acelerar o desenvolvimento em áreas emergentes da ciência e da tecnologia, incluindo FET-Open (novos conceitos), FET-Proactive (explorar ideias promissoras), e FET Flagships (para obter “breakthroughs”).
- Bolsas Marie-Curie, bolsas internacionais (entradas e saídas) e entre setores (universidade-indústria), incluindo doutoramentos em ambiente industrial - possibilidade de alavancar fundos próprios com o COFUND.
- Infraestruturas de Investigação de Classe Mundial, acessíveis a todos os investigadores.
- ICT-microeletrónica, sistemas integrados, computação da próxima geração, internet do futuro, robótica, fotónica.
- Nanotecnologias – desenvolver novos nanomateriais e nanotecnologias em múltiplas disciplinas, estudar a sua sustentabilidade e a dimensão social.
- Materiais avançados - desenvolver materiais com novas funcionalidades e melhor desempenho, com maior eficiência energética e menor impacto ambiental.
- Biotecnologia – processos e materiais inovadores e sustentáveis em setores incluindo agricultura, alimentação, florestas, química industrial e saúde.
- Processos de Fabrico inovadores – Fábricas do Futuro, Edifícios Energeticamente Eficientes, soluções sustentáveis em indústrias intensivas em consumo de energia, novos modelos de negócio sustentáveis.
- Espaço – desenvolver e explorar as infraestruturas espaciais para satisfazer as necessidades da Europa.
- Saúde, alterações demográficas e bem-estar;
- Bioeconomia, incluindo segurança alimentar, agricultura e florestas sustentáveis, investigação marinha, marítima, em lagos e em rios;
- Energia segura, eficiente e sustentável;
- Transportes inteligentes, verdes e integrados;
- Acão Climática, eficiência na utilização de recursos e matérias-primas;
- A Europa num Mundo em mudança - Sociedades inclusivas, inovadoras e pensadoras;
- Sociedades seguras - proteção da segurança da Europa e dos seus cidadãos.
- Eficiência Energética;
- Cuidados de saúde personalizados;
- Mobilidade para o Crescimento;
- Superar a crise: novas ideias, estratégias e estruturas governativas para a Europa;
- Cidades e Comunidades Inteligentes;
- Resíduos: recursos para reciclar; reutilizar e recuperação de matérias-primas;
- Água: inovação, reforçar o seu valor para a Europa;
- Sustentabilidade e Segurança Alimentar;
- Crescimento Azul: mostrar o potencial dos Oceanos;
- Segurança Digital;
- Resiliência em Situações de Desastre: segurança e proteção, incluindo a adaptabilidade às alterações climáticas;
- Energias competitivas de baixo consumo de carbono.